Vem aí uma eleição repleta de pesos pesados da política local

Claudemir Pereira

Vem aí uma eleição repleta de pesos pesados da política local

Foto: Divulgação/PMSM

Sem prejuízo de outros nomes, que estão em outro texto desta página e são pra lá de respeitáveis, o fato é que se encaminha o pleito municipal, dentro de dois anos, em que um bocado de nomes grandões se colocará na pista em busca do voto dos santa-marienses.

É verdade que o quadro pode se modificar, ainda que não muito, se o recadastramento eleitoral apontar a impossibilidade de decisão em dois turnos. Mas como isso entra no rol do por enquanto imponderável, não é levado em consideração para essa listagem de graúdos concorrentes ao gabinete principal do Centro Administrativo.

O quinteto de pesos pesados aqui citados leva em consideração a história de cada um e, por óbvio, o passado recente. Ah, e claro que há alguns que dizem não ser candidatos, outros que preferem calar, além dos abertamente já postos. Você confere cada nome, na ordem alfabética. A saber:

Giuseppe Riesgo. O jovem deputado do Novo, com 27 anos recém-completados e com menos de 30 na próxima eleição, não refuta a ideia, embora não a confirme. Sem lograr a reeleição, pode tentar se colocar como candidato com ideias diferentes. Seu potencial é significativo, mas só poderá se mensurado, mesmo, se for às urnas.

Paulo Burmann. Seria (ou será) o candidato natural do PDT. Se o partido de fato se unir em torno dele, por conta da votação obtida em Santa Maria na sua pretensão de virar deputado federal, pode virar forte concorrente. Ainda mais se conseguir formar aliança minimamente viável. De todo modo, o ex-reitor da UFSM é a única novidade possível por aqui, no partido fundado pelo falecido Doutor Leonel.

Roberto Fantinel. Os emedebistas só dependem de um fato, para confirmar o nome de seu deputado estadual reeleito, como candidato à Prefeitura: a eventual participação dele no primeiro escalão do governo do Estado, na dobradinha PSDB/MDB. Do contrário, mesmo que seja, na pior hipótese, para fortalecer a chapa proporcional, o parlamentar concorrerá.

Rodrigo Decimo. Dez entre dez observadores políticos têm absoluta certeza: o atual vice-prefeito é o candidato do governo em 2024. A única dúvida: por qual partido. Hoje filiado ao União Brasil, surgido fusão dos hoje falceidos PSL (no qual estava alistado) e DEM), conforme a circunstância poderá ir para o PSDB ou mesmo outro partido cooptado para bancar seu nome.

Valdeci Oliveira. Dizem que não quer ser candidato. Ele próprio fala apenas no novo mandato conquistado na Assembleia, da qual é presidente até o final de janeiro. Mas, noves fora o próprio, ninguém mais no PT pensa noutro nome para concorrer ao lugar de Jorge Pozzobom. E mais: há quem queira definição rápida. Inclusive porque, e isso é consenso entre os analistas, se trata de um dos favoritos, senão o maior deles.

Esse quinteto emplacará em 2024? Pode ser que sim. Pode ser que não. Mas, nesse último caso, seria uma surpresa. A conferir!

Outros cinco também podem entrar na pista como candidatos em 2024

Foto: Pedro Piegas (Arquivo/Diário)

Além do quinteto de graúdos que podem concorrer à Prefeitura dentro de dois anos, há contingente bastante respeitável de nomes que se permitem sonhar com o cargo principal do executivo da boca do monte. E seria estultice não serem citados, mesmo que nesse momento possa parecer um devaneio do colunista ou dos próprios líderes.

Um desses nomes, não obstante a votação bem menor que a projetada, na disputa recente à Assembleia, é Evandro de Barros Behr. Ainda mais que escorado num partido grande na cidade, o PP. Se vai ou não concorrer, em algum momento se saberá. Mas não pode ser ignorado.

Também não pode ficar fora da lista aquele que hoje é uma grande incógnita. No caso, Fabiano Pereira (foto), principal figura do PSB, mesmo que, no pleito deste ano, tenha se afastado da lida cotidiana da política. Estará na disputa? Solito ou na companhia de outro partido? Seus dois últimos aliados hoje estão noutra: o MDB (que, com Magali Marques da Rocha de vice, foi parceiro em 2016) tem Fantinel; o PDT, que ele próprio secundou, quatro anos depois, com Marcelo Bisogno na cabeça, também tem nome próprio agora, Burmann. Então, como será?.

Além de Fabiano e Behr, ao menos outros três podem ser citados. Um é o edil Manoel Badke, ainda no União Brasil, mas que já estará no PL. Ele já disse não concorrer à reeleição, mas pode compor como vice, ou até na cabeça da chapa.

Outro é o militante Gerri Machado, hoje no Avante, mas que foi do Solidariedade e do PT, e que também estará disponível. E um terceiro nome: o indefectível Jader Maretoli, que vem de duas tentativas locais frustradas e agora uma estadual idem. Mas que, com o PSC de Roberto Argenta, também poderá outra vez ir às urnas.

Sim, podem surgir outros nomes. Podem. Mas é improvável. Ou não?

Aumenta de tamanho o grupo dirigente da Câmara

Foto: Arquivo/Diário

Sem Marina Callegaro, do PT, ausente à sessão e ‘brigada’ com os então integrantes do grupo, o atual comando da Câmara obteve 11 votos contra nove. Passado um ano, a petista está reconciliada, e há indícios fortes de que pelo menos mais um edil se unirá à aliança. No caso, o socialista Paulo Ricardo.

Resumo da ópera: não há no Palacete da Vale Machado quem creia em reversão no quadro e o controle político-administrativo se manterá. Ah, o presidente no próximo ano tem tudo para ser Givago Ribeiro, do PSDB. E esta, se for, é a única dúvida relevante. E ele será eleito por 13 a 8. No mínimo.

Luneta

VIDA DA…

Passada a eleição, e ainda antes do Orçamento do município para 2023, a principal lei de uma cidade, Santa Maria se vê às voltas com discussões que impactam na vida de todos os cidadãos. Nesse caso, por exemplo, estão as propostas de mudanças do Plano Diretor e do Código de Obras e o projeto que permite a implantação de condomínios rurais, e que demandam o tempo dos legisladores da comuna.

…CIDADE

Para além das questões de natureza política e as disputas, mesmo que retóricas, que se impõem, também há outros projetos relevantes e que, passado o episódio eleitoral, já começam a merecer espaço maior nas discussões parlamentares. Outro exemplo? A proposta que, se virar lei, impede o consumo (não a venda) de bebidas alcoólicas na madrugada santa-mariense. Seu autor é Getúlio de Vargas, do Republicanos.

AS OPÇÕES

Foto: Arquivo

No MDB gaúcho em geral e no santa-mariense e regional de forma peculiar, se aposta em uma de três hipóteses para o futuro próximo do deputado estadual reeleito Roberto Fantinel. Pela ordem, a ele estão destinados a presença no Secretariado, a Presidência da Assembleia ou a liderança do partido no parlamento. Seja qual for o destino, o certo é que o parlamentar mudou de patamar. Para cima.

FEDERAÇÕES

É improvável, mas não é impossível, que, para além das fusões de agremiações que começam a acontecer, o Brasil assista à criação de pelo menos mais uma ou duas federações partidárias. Não custa lembrar as três existentes, todas com vida legal em Santa Maria, e cujos partidos disputarão obrigatoriamente juntos o pleito municipal de 2024: Brasil Esperança (PT/PC do B/PV); PSDB/Cidadania e PSol/Rede.

PARA FECHAR!

O vereador Ricardo Blattes tem sido citado como possível santa-mariense a atuar em Brasília, no governo Lula. Ele e, claro, o deputado federal Paulo Pimenta, o nome forte da boca do monte com o futuro presidente. Pode até ser. Mas não seriam os únicos. Há pelo menos um outro petista local e que verifica a possibilidade de trabalhar em Brasília, em órgão do segundo escalão, a partir do próximo ano.

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